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Riscos para filhos de presidiárias leva especialistas a defender a prisão domiciliar

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Os riscos para o futuro dos filhos de mães presidiárias justificam a concessão de prisão domiciliar. Para a defensora pública argentina, Silvia Martinez, manter as mães em presídios compromete o desenvolvimento psicológico, social, intelectual e até mesmo genético das crianças.

O assunto foi debatido durante o II Encontro Nacional do Encarceramento Feminino, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília.

Em defesa de sua teoria, a especialista argentina citou estudos do Conselho Nacional Científico sobre o Desenvolvimento Infantil, órgão de pesquisa dos Estados Unidos, que afirmam que o convívio no cotidiano do cárcere prejudica o desenvolvimento do cérebro de crianças, sobretudo antes dos três anos de idade, assim como a formação social dos filhos de mães presas.

Longe das mães, até a noção de autoridade dos filhos fica ameaçada. ” A sociedade reage pior a mães presas que a outras situações de perdas, como a morte, marginalizando e desprezando essas crianças”, salienta a defensora pública.

A aplicação das Regras de Bangkok, normas mínimas para o tratamento das mulheres presas aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2010, beneficiaria não apenas a população carcerária feminina, mas toda a sociedade brasileira, conforme a especialista em assuntos penitenciários da Universidade do Chile, Olga Espinoza.