A “Agência Pública”, o “Jornal Nacional”, da TV Globo, e os jornais “Diário do Nordeste”, “Extra” e “O Tempo” são os finalistas da categoria Reportagens Jornalísticas do 12º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos.
As reportagens foram selecionadas dentre 208 inscrições pela Comissão Julgadora, que é integrada pelos jornalistas Angelina Nunes, Fernanda Godoy e Marcia Miranda.
Confira os finalistas, pela ordem alfabética:
Série de reportagens do Jornal Diário do Nordeste sobre os casos de hanseníase em cidades do Ceará. As matérias mostraram que a endemia se concentra em bolsões de pobreza. A publicação fez um panorama histórico da doença e apresentou a busca pela detecção e do controle da hanseníase. São autores Fabiane de Paula e equipe.
A partir de histórias reais de brasileiros, a série do “Jornal Nacional” mostrou que a Constituição de 1988 garantiu direitos como igualdade de gênero, liberdade de expressão, educação e saúde, entre outros avanços. Os 23 episódios apresentaram como uma Constituição democrática é fundamental para a democracia. São autores Monica Barbosa e equipe.
Em uma série de reportagens investigativas, a Agência Pública revelou violações de direitos humanos cometidas por empresas durante a ditadura militar. As matérias denunciaram perseguição a trabalhadores, coibição de movimentos grevistas, atuação junto a órgãos de repressão, torturas, desaparecimentos e mortes. São autores Thiago Domenici e equipe.
Em um caderno impresso de 36 páginas e mais de 50 reportagens no site, o Jornal O Tempo mostrou a crise humanitária dos Yanomami, no Norte do país. A equipe esteve no território indígena para entender o problema e cobrar soluções pelo respeito aos direitos humanos e a floresta amazônica.
Autores: Cynthia Castro e equipe (Jornal O Tempo)
A história de Dona Vitória ganhou o mundo em 2005. Ela filmou o tráfico da janela de seu apartamento em Copacabana. Foram presas 34 pessoas, sendo nove policiais. Mais de 17 anos depois, vivendo escondida após ficar no Programa de Proteção à Testemunha, ela morreu e teve sua identidade revelada, seu maior desejo, em reportagem do Jornal Extra. Fábio Gusmão é o autor.
Os vencedores serão revelados na solenidade de premiação, que acontecerá em 6 de novembro, no plenário do Tribunal Pleno, no Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
O primeiro lugar ganhará R$ 17 mil; o segundo, R$ 12 mil; o terceiro, R$ 6 mil. Os três primeiros colocados receberão troféus. Os demais finalistas serão homenageados com menções honrosas.
Criado em 2012, o Prêmio celebra a memória da juíza Patrícia Acioli. Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, ela foi morta em 2011, em Niterói, por policiais militares. A premiação tem o objetivo de identificar, disseminar, estimular e homenagear as ações em defesa dos direitos humanos, dando visibilidade a práticas e trabalhos na área.
O Prêmio tem apoio do TJ-RJ, da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Os patrocinadores são a Prefeitura do Rio, a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a empresa de shoppings Multiplan, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e o 15º Ofício de Notas.