“A Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro está de parabéns pela iniciativa do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos”.
A afirmação é de Ivanir dos Santos, conselheiro estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) ao ressaltar que, “como pedagogo e militante de todas as causas que defendem o ser humano, me sinto feliz e fortalecido com esta premiação”.
Segundo Ivanir, que também é interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e babalawo, “fortalecer a luta pelos direitos humanos, principalmente por meio da educação, é algo que só ajuda o Brasil a crescer”.
A história de Ivanir dos Santos se confunde com as bandeiras de lutas por liberdades, justiça e fim do racismo. Ele é o responsável pelo primeiro levantamento sobre o extermínio de crianças brasileiras, realizado em 1988, a pedido da Defense for Childrem International, entidade com sede em Genebra, Suíça.
Ivanir dos Santos, um combativo militante em defesa dos direitos humanos, vem repudiando os ataques feitos ao AfroReggae de forma incisiva.
“São atos criminosos e sempre me colocarei contra qualquer tipo de represália, principalmente a instituições que têm trabalhos importantes para o crescimento de nossa sociedade. Sou solidário a todos os que compõem a entidade”.
Os ataques ao AfroReggae começaram em agosto deste ano durante da corrida Desafio da Paz, promovida pela ONG no Complexo do Alemão: pouco antes da largada, os traficantes efetuaram disparos de fuzil, levando pânico à população.
Os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP e Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná já foram indiciados por suspeita de terem iniciado os ataques contra o ONG AfroReggae cuja sede fica no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.
Ainda pela luta em defesa dos direitos humanos, Ivanir dos Santos participou, no último domingo, 8 de setembro, da 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, em Copacabana.
“A intolerância religiosa no Brasil é algo maior do que se pensa. Há grupos que se apegam à fé para aterrorizar religiosos de matrizes africanas”, diz o babalawô ao informar que 260 mil pessoas participaram da caminhada.
Para Ivanir dos Santos “o que não podemos admitir é que qualquer segmento religioso venha massacrar os demais””.
Da 6ª Caminhada participaram pessoas do candomblé, umbanda, evangélicos, católicos, ateus, espíritas, entre outras denominações.