A agência alimentar da Organização das Nações Unidas (ONU) entregou alimentos a 3,3 milhões de sírios em outubro, um número recorde, mas manifestou preocupação, nesta sexta-feira (1º), com a situação de civis que continuam inacessíveis em áreas sitiadas.
O resultado de outubro do Programa Mundial de Alimentos (PMA) significa que foram alimentados no mês 600 mil sírios a mais do que em setembro.
“É um recorde para as operações do PMA (na Síria) desde o início em 2011. Mas ainda está aquém da nossa meta de 4 milhões”, disse Elisabeth Byrs, porta-voz da entidade em Genebra.
Uma guerra civil iniciada, há mais de dois anos e meio, já matou mais de 115 mil pessoas na Síria.
Segundo Byrs, os combates e a violência em outubro impediram o acesso dos agentes humanitários a partes das províncias de Aleppo e Hassakeh.
“Em outros lugares do país, especialmente nas governadorias de Damasco e Damasco Rural, mais áreas estão se tornando inacessíveis devido à intensificação do conflito”.
A porta-voz citou, especificamente, o caso de Mouadamiya, um subúrbio de Damasco onde os agentes humanitários tentaram chegar, sem sucesso, em nove ocasiões no último ano.
Na terça-feira (29), um momento de coordenação entre o governo e os rebeldes permitiu que 1.800 civis fugissem da cidade sitiada, mas milhares de outros permanecem retidos ali, com poucos estoques de alimentos, água e remédios.