Enquanto Estados Unidos e Rússia buscam uma solução diplomática para a crise na Síria, um relatório da Organização das nações Unidas (ONU) mostrou que tanto tropas do governo como rebeldes violam, sistematicamente, os direitos humanos.
O documento mostrou que crianças e adultos são vítimas de repetidos crimes de guerra e contra a humanidade, torturas e violência sexual.
A comissão liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro indicou que dos nove massacres ocorridos desde 2012 – oito foram realizados pelo governo.
E enquanto as principais potências mundiais debatem o destino das armas químicas sírias, organizações e analistas de direitos humanos lamentam que pouca atenção seja dedicada também à questão humanitária no país.
A comissão da ONU, criada em 2011, para monitorar a questão dos direitos humanos no país apresentou, na última quarta-feira, 11 de setembro, um relatório em que acusa ambos os lados do conflito sírio de cometer crimes de guerra e contra a humanidade.
Do lado do governo, a comissão recolheu acusações de massacres contra civis, bombardeios a hospitais e uso amplo de bombas de fragmentação.
Entre os grupos rebeldes, o órgão, chefiado pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, disse ter ouvido denúncias de assassinatos, execuções sumárias, tortura e sequestros.