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Pnad 2012: analfabetismo volta a crescer no país e mulheres são maioria

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A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais voltou a crescer no Brasil, após um período de mais de 15 anos de declínio.

Os dados acabam de ser divulgados, nesta sexta-feira (27) pela Pnad 2012 (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio).

Na série harmonizada – que exclui 4,1 milhões de pessoas que residem nas áreas rurais da região Norte – o índice de indivíduos que, em 2012, não sabiam ler e escrever foi de 8,5%.

Consideradas as áreas rurais, em 2012, a taxa de analfabetismo foi de 8,7%.

O índice representa um contingente de 13,2 milhões de pessoas, número absoluto que supera, por exemplo, a população da cidade de São Paulo (11,3 milhões). 

Dos 13,2 milhões de analfabetos no país, mais de 12,3 milhões (94%) são pessoas de 25 anos de idade ou mais. As mulheres (6,3 milhões) são maioria dessa população.

Os pesquisadores do IBGE registraram 300 mil analfabetos a mais em 2012 em comparação com a amostra de 2011.

A Pnad 2012 mostra também que a taxa de analfabetismo tem se mostrado maior nas faixas etárias mais elevadas …

Entre os que tinham de 15 a 19 anos, o índice foi de 1,2% contra 1,6% daqueles de 20 a 24 anos; 2,8% no grupo de 25 a 29 anos; 5,1% de 30 a 39 anos; 9,8% para pessoas de 40 a 59 anos e 24,4% dentre aqueles com 60 anos ou mais.

A taxa de analfabetismo funcional,  por outro lado, caiu de 20,4% para 18,3% entre as edições de 2011 e 2012 da Pnad.

Esse índice é representado pela proporção de pessoas de 15 anos ou mais que têm menos de 4 anos completos de estudo em relação ao total de pessoas do mesmo grupo etário.

Em 2012, o IBGE contabilizou 27,8 milhões de analfabetos funcionais.

As regiões Norte e Nordeste registraram os maiores percentuais de analfabetos funcionais, 21,9% e 28,4% respectivamente.

Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o indicador foi de 13,2%, 137% e 16,5%, nessa ordem.

Em comparação às estimativas de 2011, a região Norte teve redução de 3,4 pontos percentuais.

A Pnad 2012 também identificou diminuição da proporção de pessoas sem nenhuma instrução e com menos de um ano de estudo: de 15,1% para 11,9% no mesmo período.

Houve aumento do percentual de indivíduos que possuíam nível fundamental incompleto ou equivalente – de 31,5% para 33,4% – na comparação ao ano anterior.

Percentual de pessoas com nível superior completo aumentou de 11,4% , em 2011, para 12.0% ,em 2012. Portanto, em 2012, havia 14,2 milhões de pessoas com nível superior completo, o que representa 6,5% a mais que em 2011.