Brasil tem cerca de 370 mil usuários de crack e similares nas capitais. Destes 50 mil são crianças.
Os números constam de levantamento inédito feito pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), ligada ao Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério daJustiça.
A pesquisa é a maior e mais completa feita sobre o assunto no mundo.
O maior consumo da droga está na região Nordeste, com estimativa de 148 mil usuários. O Sudeste vem em segundo lugar, com 113 mil usuários, seguido pelo Centro-Oeste, 51 mil usuários, Sul, 37 mil usuários e Norte, com 33 mil. Nesta etapa foram entrevistadas 25 mil pessoas das capitais brasileiras, direta ou indiretamente.
Em outro cenário, o levantamento mostrou que o perfil dos usuários é de adultos com média de idade de 30 anos e predominantemente homens (cerca de 80%).
As mulheres também preocupam o governo: 44% revelaram violência sexual, 10% estavam grávidas no momento da entrevista e 50% mencionaram que engravidaram durante o uso regular do crack.
Simultaneamente, no Rio de Janeiro foi empossado, na última segunda-feira (23) o Conselho Municipal Antidrogas (Comad/RJ) com a função de sugerir e acompanhar políticas públicas de combate às drogas.
O trabalho do Comad/RJ é formado por 24 conselheiros e é articulado com o governo e a sociedade civil.
O Conselho existe desde 2002 e, desde então, trabalha arduamente no enfrentamento às drogas.
A Amaerj (Associação dos Magistrados do Estado do rio de janeiro) está representada, no Comad, pela juíza Maria Tereza Donatti.