Loading

Países da América Latina articulam estratégia para a integração de venezuelanos

  • Home
  • Notícias
  • Países da América Latina articulam estratégia para a integração de venezuelanos
Fila de imigrantes no posto de fronteira (Foto: George Castellanos)

A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para Migração (OIM) celebram a adoção de estratégia para facilitar a integração de refugiados e migrantes da Venezuela nos países da América Latina e do Caribe. A estratégia foi firmada durante o 4º Encontro Técnico Internacional do Processo de Quito, realizado em Buenos Aires em 4 e 5 de julho. 

Leia também: Pai e filha salvadorenhos morrem afogados em travessia para os EUA e foto provoca comoção
Judiciário, Executivo e Legislativo assinam Pacto Nacional pela Primeira Infância
Brasil registra mais de 17 mil casos de violência contra moradores de rua em 3 anos

“O contínuo êxodo de venezuelanos supera e excede as capacidades e os recursos dos governos da região. Isso implica um desafio urgente para os países que os acolhem”, disse Eduardo Stein, representante especial conjunto do Acnur-OIM. 

Representantes de 14 países da América Latina e do Caribe, assim como de agências da ONU, organizações regionais, bancos de desenvolvimento e representantes da sociedade civil, participaram do encontro, convocado pelo governo da Argentina.

“O Processo de Quito representa um espaço chave para a comunicação e coordenação entre os Estados. Existem muitas boas práticas na região, e os governos se beneficiam com oportunidades de troca, articulação e harmonização. Por esse motivo, é crucial que a participação dos países neste processo continue a crescer e se fortalecer”, acrescentou Stein.

O encontro destacou ações e esforços dos países da região, como a recepção, documentação e assistência humanitária. Também foi discutido como promover acesso à saúde, educação, emprego e moradia para ajudar a integração de refugiados e migrantes venezuelanos.

Em declaração conjunta, os governos concordaram em reforçar a cooperação, comunicação e coordenação entre os países de trânsito e destinação de venezuelanos. A ação tem o intuito de fortalecer medidas contra crimes transnacionais, como tráfico de pessoas, violência sexual e de gênero, discriminação e xenofobia.

A estratégia é composta de ações específicas relacionadas a problemas como tráfico humano, o acesso à saúde e o reconhecimento de qualificações acadêmicas.

Inclui o estabelecimento de centros de informação, recepção, assessoria e assistência a refugiados e migrantes, uma plataforma de orientação e desenvolvimento do capital humano e o fortalecimento dos sistemas nacionais de determinação do status de refugiado.

A criação de um cartão de informação para mobilidade regional foi apresentado como prioritário para complementar e fortalecer o processo de documentação e registro em nível nacional que já existe ou está sendo desenvolvido.

O ACNUR e a OIM reiteraram o suporte aos países afetados pelo fluxo de venezuelanos e defenderam o fortalecimento do financiamento internacional para a continuação das atuais ações.

De acordo com dados de autoridades nacionais de imigração, o número de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo chegou a mais de 4 milhões de pessoas.