“A inclusão de minorias insulares na cúpula do Poder Judiciário é motivo de júbilo e representa um avanço na, ainda lenta, mas almejada, igualdade entre homens e mulheres no âmbito das instâncias superiores da Justiça”.
A frase é do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa,ao ressaltar a importância da presença de quatro mulheres entre os novos integrantes do CNJ, para o biênio de 2013 a 2015.
Entre as mulheres que integram a nova composição, duas tomaram posse na última terça-feira (27/8): a desembargadora Ana Maria Duarte Amarante Brito e a juíza Deborah Ciocci, ambas indicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ministra Maria Cristina Peduzzi, representante do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e a advogada Gisela Gondim, indicada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que ingressaram no Conselho em abril e julho, respectivamente, completam o grupo de representantes femininas.
As composições anteriores contaram com no máximo duas mulheres por vez.
Para o ministro, embora ainda não seja em número ideal, a inclusão de mais mulheres na composição do colegiado representa um avanço. “Mais um passo está sendo dado contra as históricas barreiras invisíveis que não permitem que as mulheres – que são maioria da nossa população – ascendam a posições de prestígio e poder no nosso país”, afirmou o ministro.
Segundo Barbosa, embora o Judiciário seja constituído por um grande contingente de juízas de primeira instância, ainda são poucas as mulheres nas cúpulas superiores da Justiça, inclusive no CNJ. Para ele, é necessário “trilhar o caminho da igualdade”, para acabar com o que classificou como “hierarquização oficiosa” na cúpula do Judiciário e promover uma sociedade cada vez mais justa.