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Magistrados premiam vencedores do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos

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Em noite de emoção, a AMAERJ premiou 18 autores de trabalhos em defesa da cidadania, nesta segunda-feira (7). Mais de 200 pessoas participaram 5º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos, no Plenário do TJ-RJ, que reuniu magistrados, o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto, membros do Ministério Público, defensores, advogados, jornalistas, professores, movimentos sociais e estudantes. A associação ainda homenageou o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto de Figueiredo Caldas, com o Troféu Hors-Concours.

Veja aqui todos os vencedores. O primeiro colocado de cada categoria recebe R$ 15 mil, o segundo R$ 10 mil, e o terceiro R$ 5 mil, mais troféus – produzidos pelo Escritório Modelo de Design da PUC-Rio. Impedidos de ter premiação em dinheiro, os magistrados ganharam troféus.

“Os 21 tiros com que os criminosos assassinaram covardemente nossa colega e amiga Patrícia Acioli tentaram acuar e calar a magistratura do Rio de Janeiro, mas os juízes fluminenses não se dobram ao crime. A coragem de Patrícia Acioli não será esquecida. Esta homenagem é feita em nome de uma campeã dos direitos humanos, que em nome da Justiça, lutou para defender os direitos dos mais excluídos”, afirmou a presidente da AMAERJ, Renata Gil.

O ex-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, falou sobre a construção da cidadania no Brasil, um dos temas do Prêmio. “Estamos a assistir no Brasil ao apogeu da cidadania. Nunca se viu um povo tão dinâmico, empenhado, envolvido com as coisas do poder público, um povo de cidadãos. Nunca vimos no Brasil uma cidadania tão turbinada, aquecida. Nunca se viu uma participação popular tão intensa. A democracia não pega no ar, ela pega no tranco. É um processo gradativo. A democracia não vence por nocaute, vence por acumulação de pontos. Há muito mais motivos para alento, do que para desalento.”

Para o presidente do TJ-RJ, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, Patrícia Acioli ‘está mais viva do que seus algozes’. “O Tribunal se sente muito feliz por estarmos celebrando a memória de uma guerreira da paz. Patrícia Acioli combateu o crime organizado e pagou um preço muito alto por isso. Mas ela está mais viva do que seus algozes. Ela está presente em todos nós. Patrícia representa a união entre o povo, a nação e a Justiça”, disse.

Cerimônia

A atriz Juliana Knust foi a mestre de cerimônias do evento, que contou com as apresentações da banda Urca Bossa Jazz e da Orquestra Som + Eu.

Compuseram a mesa da cerimônia, Renata Gil (presidente da AMAERJ), Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho (presidente do TJ-RJ), Leonardo Espíndola (secretário da Casa Civil), Hariman Araújo (procurador-geral da Alerj), Carlos Ayres Britto (ex-presidente do STF), Roberto de Figueiredo Caldas (presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos), Alessandro Molon (deputado federal), Zuenir Ventura (membro da Academia Brasileira de Letras), Maria Augusta Vaz Monteiro (corregedora-geral da Justiça), Caetano Ernesto da Fonseca (diretor-geral da Emerj), André Luís Machado de Castro (defensor público-geral), Marcia Succi (Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ) e Fred Pitta (presidente da AMAB).

Também estiveram presentes os filhos da juíza Patrícia Acioli, Mike Chagas, Ana Clara Acioli Chagas e Maria Eduarda Acioli Chagas; os desembargadores Alexandre Câmara e Flávio Marcelo Horta Fernandes (TJ-RJ), Luiz Eduardo de Sousa (TJ-GO) e Nelson Calandra (TJ-SP); Rossidélio Lopes (ex-presidente da AMAERJ) e Luciano Mattos (presidente da Amperj).

Prêmio

Este ano, o Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli recebeu 169 inscrições, nas quatro categorias, com o tema “Direitos Humanos e Cidadania”. Criado em 2012 pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), o prêmio homenageia a juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, assassinada por policiais militares, em 2011, em Niterói.

O 5º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos tem como patrocinadores Bradesco, Itaú, Multiplan, Caixa Econômica Federal e Governo Federal, e como apoiadores o TJ-RJ e a EMERJ (Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro).