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“Juíza Acioli representa uma expressiva parcela de juízes corajosos”, afirmação do magistrado Alexandre Rizzi ferido em tentativa de assassinato, no Pará

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O juiz titular da comarca de Brasil Novo (município paraense) define o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, iniciativa da Amaerj, como “uma homenagem justa e bem vinda”.

Segundo Alexandre Rizzi, vice-presidente da Associação dos Magistrados do Pará, “a juíza Patrícia Acioli representa uma expressiva parcela de juízes corajosos que, além de lidar com a falta de estrutura e pressão de todos os lados, ainda encontram tempo para exercer seu ofício com dignidade”.

No dia 12 de julho deste ano, o juiz Alexandre Rizzi foi alvejado pelas costas dentro do próprio sítio, localizado na cidade paraense de Vigia. Testemunhas contam que que dois homens invadiram o sítio e surpreenderam o magistrado às margens de um igarapé do sítio.

Um helicóptero do Corpo de Bombeiros, que estava realizando a “Operação Verão” nas imediações, socorreu o juiz que continua  afastado do cargo devido à necessidade de tratamento de fisioterapia já que a mão direita ferida “continua paralisada”.

Alexandre Rizzi diz que, na época do atentado, respondia, cumulativamente, pela comarca de Medicilândia (PA), Juizado Ambiental, Vara Agrária e Eleitoral situação que, conforme o juiz, “não é nada estranha aos meus colegas”.

Devido à atuação em Vara única, o juiz salienta que atende a todo tipo de demanda, inclusive criminal. “Os principais delitos enfrento, no meu dia a dia, são tráfico de entorpecentes, homicídio, roubo e furto”.

O juiz informou que, um mês antes do atentado, recebeu “ameaças veladas”, e passou a andar com escolta fornecida pela Polícia Militar que continua protegendo-o 24 horas por dia. “O crime organizado faz parte da nossa realidade, isso é inerente à profissão, principalmente quando encontramos juízes cada vez mais engajados”.

O retorno à comarca de Brasil Novo, conforme o juiz, depende da conclusão do inquérito policial.