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Importância do Prêmio Juíza Patrícia Acioli é ressaltada por magistrada que foi ameaçada de morte

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“O Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos é importantíssimo  porque é preciso compreender que o magistrado exerce, em muitas vezes, uma atividade de risco, lidando não só com conflitos humanos de toda sorte, mas também com situações e indivíduos de alto risco.” A afirmação é da juíza Bárbara Carola Cardoso de Almeida.

Para a magistrada, “afrontar contra a vida de uma magistrado é afrontar o próprio Estado Democrático de Direito, daí a grande importância do prêmio e a compreensão da relevância do Poder Judiciário na vida do cidadão e da sociedade.”

Em março de 2012, a juíza titular, desde 1994, da 2ª Vara de Embu das Artes, na Grande São Paulo, determinou a desocupação imediata de uma área (433,8 mil m2) de proteção ambiental, ocupada por 8 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A partir de então, a magistrada começou a receber ameaças, foi instaurado inquérito policial e até hoje não foi possível identificar o autor, ou autores, da ameaça.

Por recomendação da Polícia Militar, durante quinze dias, a juíza teve a proteção de escolta particular.

O assassinato de Patrícia Acioli, segundo a juíza Bárbara de Almeida, fez com que todos os magistrados repensassem em sua segurança pessoal. No entender da magistrada, o tráfico de drogas é “um desencadeador da violência e, geralmente, é o pivô de quase todos os crimes graves, o que leva à conclusão que precisa haver uma reformulação das leis penais e da Lei de Execução Penal”.

A juíza, como muitos outros colegas da Magistratura, exerce sua função em uma Vara cumulativa onde analisa processos cíveis, criminais, do Tribunal do Júri e de família.

Mesmo sem receber ameaças atualmente, a juíza afirma que está “sempre alerta” ao andar pelas ruas a pé ou em seu veículo.