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Centro de Direitos Humanos do Bahrein ganha prêmio Rafto

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O prêmio Rafto de Direitos Humanos foi atribuído, nesta quinta-feira (26), ao Centro de Direitos Humanos do Bahrein (BHCR) devido ao seu combate pela liberdade de expressão em um país onde há forte repressão.

A fundação Rafto afirmou, em comunicado, que “ao atribuir o prêmio Rafto ao BHCR, apontamos os projetores para as violações sistemáticas dos direitos humanos numa região onde esses abusos são demasiadas vezes recebidos com silêncio pelos governos ocidentais”.

O prêmio será entregue em  Bergen em novembro, é atribuído pela Fundação Thorolf Rafto, militante dos direitos humanos norueguês que morreu em 1986.

Os distinguidos com o prêmio são, frequentemente, pessoas ou organizações pouco conhecidas do grande público.

Quatro antigos laureados – José Ramos-Horta, Aung San Suu Kyi, Kim Dae-Jung e Shirin Ebadi – foram depois distinguidos com o Nobel da Paz, também entregue na Noruega.

Sublinhando que “a Primavera Árabe levou vários países do Golfo Pérsico a recorrer à prisão de qualquer crítico do regime”, o júri saudou a perseverança do BHCR na defesa da democracia e dos direitos, “apesar das ameaças e da ausência de reconhecimento por parte do governo”.

O Bahrein, um pequeno reino do Golfo Pérsico dirigido pela monarquia sunita dos Al-Khalifa e aliado dos Estados Unidos, é palco, desde fevereiro de 2011, de um movimento de contestação da maioria xiita, que exige uma monarquia constitucional.

A contestação foi duramente reprimida pelas autoridades, tendo-se registado 89 mortes, segundo a Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH).

No Bahrein, um insulto ao rei ou à bandeira é punido com cinco anos de prisão, segundo a fundação.

O prêmio Rafto, de  US$ 20 mil, será entregue no dia 3 de novembro em Bergen, sudoeste da Noruega.

Já o  Nobel da Paz deverá ser anunciado a 11 de outubro, em Oslo.