“Da tortura à loucura: ditadura internou 24 presos políticos em manicômios” é um dos cinco trabalhos da categoria Reportagens Jornalísticas selecionados para a final do 10º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos.
Em minucioso levantamento, a jornalista Amanda Rossi e equipe do portal noticioso UOL apurou a ocorrência de 24 casos de presos por motivações políticas internados pela ditadura militar brasileira (1964-1985) em manicômios, mesmo sem a manifestação prévia de doenças mentais. Pelo menos 22 das vítimas foram, por questões ideológicas, submetidas a torturas em prisões comuns, antes da transferência para os hospícios.
A inédita reportagem revela mais uma grave prática de violação aos direitos humanos cometida durante o período ditatorial.
Os vencedores do AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos serão conhecidos em 8 de novembro, na cerimônia de premiação híbrida (presencial e virtual).
Os primeiros lugares de Práticas Humanísticas, Reportagens Jornalísticas e Trabalhos Acadêmicos receberão, cada um, R$ 15 mil; os segundos, R$ 10 mil; os terceiros, R$ 5 mil.
Os três primeiros colocados ganharão troféus. Os demais finalistas serão homenageados com Menções Honrosas. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros colocados receberão troféus, sem premiação em dinheiro.
O Troféu Hors Concours será destinado, post mortem, à juíza Viviane Vieira do Amaral, vítima de feminicídio às vésperas do Natal de 2020.
Criado em 2012, o AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos é um prêmio que celebra a memória da juíza Patrícia Acioli. Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, ela foi morta em 2011, em Niterói, por policiais militares.