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Plástica gratuita para mulheres paulistas vítimas de violência doméstica

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Mulheres que sofreram agressão domiciliar poderão fazer cirurgia plástica gratuita na rede pública.

 A expectativa é fazer, em um ano, cerca de 600 cirurgias e que a parceria com a consultoria The Brifge Global se repita em outros estados a partir de 2014.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2), na cidade de São Paulo, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, autora do projeto que deverá ser efetuado em onze espaços públicos

 Entre 80 e 100 médicos já foram mobilizados para participar da iniciativa.

O montante investido, financiado pela regional São Paulo da entidade, e o nome dos hospitais públicos parceiros não foram divulgados.

A The Bridge Global é um serviço call center, formado por psicólogas, que ficará à disposição das mulheres.

Em um primeiro atendimento telefônico, o serviço fará um perfil da mulher e tentará comprovar a veracidade das informações transmitidas pela solicitante.

A questão socioeconômica não será critério de seleção, mas a vítima deverá ser moradora da capital paulista. 

De acordo com Leonor de Sá Machado, presidente da The Bridge Global, as fichas cadastrais das mulheres serão enviadas para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

 Depois  a mulher será encaminhada a um hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) mais próximo da casa dela onde  poderá ser operada.

Machado disse que existem mulheres que aguardam uma cirurgia reparadora há cerca de dois anos.

“Essa mulher tem que deixar de se sentir de vítima. Ela precisa ser reintegrada urgentemente. Nós não vamos prejudicar os outros atendimentos, mas os médicos vão agilizar  o atendimento dessas pessoas”, disse.

Uma emenda à Lei Maria da Penha, aprovada em 2010, dá à mulher vítima de violência o direito a uma cirurgia reparadora pelo SUS.

De acordo com dados da Secretaria de Políticas para Mulheres, a cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil. Em 49% dos casos o agressor é o próprio companheiro. Em 21% das denúncias, o cônjuge é o agressor. Ex-marido e ex-namorado responderam a 12% e 5%, respectivamente.