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Juiz mais ameaçado do Brasil parabeniza iniciativa da Amaerj

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“Patrícia foi e sempre será uma heroína”

 A afirmação é de Odilon de Oliveira,56 anos, o juiz mais ameaçado do Brasil.

Jurado de morte pelo crime organizado, por meio de telefonemas, cartas anônimas e avisos mandados por presos, o juiz foi obrigado a dormir, um longo período, no fórum de Ponta Porã. O município, localizado no sudoeste de Mato Grosso do Sul, é uma área considerada pela polícia, como  ponto de entrada de cocaína e da maconha distribuídas em grande parte do Brasil.

Para o magistrado o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos é “um reconhecimento do trabalho da Patrícia e um incentivo a que os demais juízes a imitem. O magistrado deve ser um garantidor dos direitos humanos”. Segundo Odilon de Oliveira, o Brasil precisa de instituições fortes e “o sangue de Patrícia clama pela conscientização no sentido de que todos devemos lutar pela transformação da sociedade, para que a paz e a prosperidade reinem”.

O juiz condenou, em menos de dois anos, 114 traficantes e recuperou bens do crime organizado somando mais de 100 imóveis rurais, mais de 200  urbanos, aproximadamente 18 mil cabeças de gado, quinze aviões dos traficantes etc.

A escolta permanece para dar proteção a ele. “Vivo escoltado há 14 anos, desde 1998. É uma escolta pesada, atenta, contínua e prolongada: tolhe completamente a liberdade, inclusive familiar”. Na opinião do juiz, as ameaças continuam e, se o Brasil fosse mais rigoroso e não tratasse o crime organizado “com tolerância, com pajelança” não existiriam magistrados encurralados por bandidos e a sociedade teria mais liberdade.

Atualmente, o juiz atua em Campo Grande cercado de seguranças.