A reprovação de 48 profissionais do programa Mais Médicos no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) – aplicado para reconhecer diplomas obtidos no exterior – “não demonstra falta de preparo dos participantes”.
A afirmação foi feita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (1º), em São Paulo.
A informação sobre a reprovação foi publicada, nesta sexta, pelo jornal “Folha de S.Paulo”, e os 48 médicos fazem parte de um grupo de 681 selecionados para a primeira fase do Mais Médicos.
Ao todo, 1.440 profissionais que prestaram o Revalida foram reprovados na primeira etapa. O programa Mais Médicos, porém, não exige que os inscritos sejam aprovados nesse exame.
“Não me preocupa a reprovação (no Revalida). Esse teste é feito para ver a capacidade que um médico tem de operar, trabalhar em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e fazer procedimentos de alta complexidade. Já o foco do Mais Médicos é a atenção básica nos postos de saúde. Os participantes recebem um treinamento de três semanas para isso, e vão continuar sob supervisão permanente”, disse.
Ao ser questionado se faria uma consulta com um médico reprovado no Revalida, o ministro respondeu que “sim, sem medo”.
“E o povo brasileiro também. O programa tem recebido mais elogios do que críticas, 80% da população já o aprova. Aos poucos, a classe médica e as demais categorias também percebem que o Mais Médicos não tira emprego dos brasileiros e acaba levando profissionais para as regiões carentes”, afirmou Padilha.
Segundo o ministro, outros 2.200 médicos vão começar a atuar no Mais Médicos a partir da semana que vem.