Um ex-oficial nazista que negou até o fim de seus dias os crimes cometidos na Segunda Guerra Mundial continua provocando controvérsia. Nenhum país aceita receber o funeral dele.
Erick Priebke morreu na sexta feira (11), aos 100 anos de idade e foi um dos responsáveis pelo fuzilamento, em Roma, de 335 civis e militares, em 24 de março de 1944.
Após a Segunda-Guerra , Priebke fugiu para a Argentina, morou em Bariloche e só foi descoberto em 1994. Extraditado para a Itália, foi condenado à prisão perpétua.
Na última entrevista, em julho passado, voltou a negar o massacre de milhões de judeus nos campos de concentração.
O ex-capitão nazista morreu em sua casa, no bairro de Bocea, em Roma, onde cumpria prisão domiciliar. Em 1998 foi condenado à prisão perpétua.
O Vaticano negou qualquer igreja para celebrar o funeral e a prefeitura de Roma também vetou lugares públicos e qualquer cemitério.
A Argentina não quer o corpo do ex-oficial nazista enquanto a comunidade judaica romana pede que o corpo volte para a Alemanha. Mas do governo alemão chegou uma declaração afirmando que este é um problema de família.
O diretor do Centro Simon Wiesenthal, organização que vigia para que os criminosos nazistas respondam por seus delitos, pediu que o corpo do ex-oficial nazista Erich Priebke seja enviado à Alemanha para ser incinerado.