Cerca 70% dos jovens no mundo sofrem atos de ciberbullying e, desse total, um em cada cinco classifica a perseguição online diária como extrema.
O levantamento anual é feito pela Ditch The Label, organização não governamental antibullying no Reino Unido.
O estudo aponta que cerca de quatro entre dez pessoas sofre bullying pela internet com grande frequência.
As redes sociais mais usadas pelos perseguidores são o Facebook (mais da metade disse sofrer ciberbullying pelo site), YouTube, Twitter e Ask.fm.
Além disso, os jovens têm duas vezes mais chances de sofrer perseguição pelo Facebook do que por outras redes sociais.
As vítimas foram perguntadas sobre o impacto que o ciberbullying tinha em suas vidas. Em uma escala de um a dez, em que o valor máximo indica “impacto extremamente severo”, a nota média dada por elas foi 7,5.
“Isso indica que as vítimas têm autoestima, vida social e otimismo em relação ao futuro afetados”, declarou Liam Hackett, fundador da Ditch The Label.
“É um impacto massivo na vida dos jovens e é devastador saber disso”, ressalta Hackett, que espera que o relatório seja usado para alertar pais, escolas e governos sobre a prática e sobre a forma de denunciá-la.
“Redes sociais têm o dever de cuidar dos jovens. Eles já têm feito muito, porém mais investimentos são necessários para aumentar os recursos de moderação.”
Para o estudo, foram entrevistadas 10 mil pessoas entre 13 e 22 anos. Cerca de 67% deles eram moradores do Reino Unido, 17% dos Estados Unidos, 12% Austrália e 4% de outros países.