A TV Alerj, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, exibiu no último dia 11 de julho, debate com foco no II Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos. Presentes o deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, o advogado da família da juíza Patrícia Acioli, Técio Lins e Silva e a diretora do Departamento de Direitos Humanos da Amaerj, juíza Denise Appolinária, além do filho de Patrícia Acioli, Mike Chagas.
Marcelo Freixo ressaltou a coragem da juíza que, segundo ele, incomodava, visivelmente, alguns setores da Polícia Militar e, portanto, “o crime era previsível”. Para o parlamentar, o grupo agiu no sentido de dar um recado à Justiça.
“Trata-se de uma quadrilha, chefiada por um truculento coronel comandante do Batalhão de São Gonçalo”, afirmou, durante a entrevista à TV Alerj, o advogado da família de Patrícia Acioli, sobre o coronel Cláudio Luiz Oliveira. Técio Lins e Silva fez um resumo sobre a situação atual do processo. Afirmou que, embora seis dos acusados estejam “procrastinando para ganhar tempo, acreditando que a sociedade irá esquecer o crime”, cinco já foram julgados e condenados com penas altas de mais de 20 anos de reclusão.
Durante a entrevista, a diretora do Departamento de Direitos Humanos da Amaerj ressaltou que, se o objetivo do crime foi intimidador, não foi isso que, de fato, ocorreu: “na verdade o crime uniu e multiplicou Patrícia Acioli. Denise Appolinária, disse que, embora devastados, os juízes continuarão a luta pelos Direitos Humanos. A magistrada informou que a segunda edição do prêmio é nacional e que todos podem participar, em qualquer área que envolva Direitos Humanos. A premiação é uma iniciativa da Associação, com apoio do Tribunal de Justiça.
O filho de Patrícia Acioli, Mike Chagas, disse que sua mãe era uma pessoa excepcional e de perfil fortemente humanitário. Para ele, o prêmio lisonjeia a família, que continua chocada com a frieza do crime contra uma pessoa que lutava pela justiça.