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Lançamento do II Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos.

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A cerimônia de lançamento do Prêmio Juíza Acioli de Direitos Humanos, realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em 12 de agosto deste ano, reuniu centenas de pessoas, entre autoridades, familiares da juíza e sociedade, em geral.

Foi uma significativa festa em homenagem à memória da juíza assassinada com 21 tiros em 2011, na porta de sua residência quando retornava de mais um dia de trabalho no fórum de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

O presidente da Amaerj abriu a solenidade afirmando que o evento “é para marcar, para celebrar a vida e a esperança”. , Cláudio dell’Orto salientou que, “quando naquele trágico 11 de agosto, o nosso Poder Judiciário foi ferido mortalmente com aqueles disparos, que tiraram a vida da nossa colega, a Magistratura do Rio de Janeiro estava naquele instante assumindo um compromisso que não pode ser deixado de lado; um compromisso de mostrar à sociedade brasileira que os juízes não podem ter medo. A sociedade brasileira não pode ter juízes medrosos”.

A diretora do Departamento de Direitos Humanos da Amaerj, Denise Appolinária, destacou a abrangência da premiação deste ano com a inclusão da categoria Redação do Ensino Fundamental. “O prêmio, neste ano, está mais abrangente, não só pela premiação, mas pelo público-alvo, chegando a toda população através dos movimentos sociais e das escolas”. Segundo a juíza, “essa é uma decorrência da força impactante da memória da Patrícia e de tudo o que ela significa”. Finalizando, a magistrada Denise Appolinária,disse que o objetivo da iniciativa da Amaerj em criar o prêmio Acioli foi o de “destruir muros e construir pontes, buscando sempre a defesa dos direitos humanos”.

O desembargador Siro Darlan também compareceu à solenidade e, em seu pronunciamento, destacou o clamor da sociedade nas ruas “clamando por Justiça”. Segundo ele, “isso é a semente da nossa querida Patrícia”.

Os deputados federais Chico Alencar e Jean Wyllys também fizeram questão de participar da cerimônia em homenagem à memória da juíza Patrícia Acioli. Os dois ressaltaram a importância da iniciativa da Amaerj em criar o prêmio.

Para o deputado Chico Alencar, “os valores são imorredouros, não se assassina a Justiça, a solidariedade e a coragem”. O parlamentar disse que ficou comovido e feliz desde que o prêmio foi instituído, pela Amaerj, em 2012.

O deputado Jean Wyllys reportou-se à experiência trágica do nazismo que “dizimou 6 milhões de pessoas porque eram diferentes”, para lembrar “a primeira vez que ouvimos falar sobre direitos humanos como entendemos com a declaração de 1948”. No entender do deputado, “o corpo sucumbe a bala, mas há ideias que são à prova de bala e a ideia dos direitos humanos é a prova de bala”.

Secretários do Estado e o município do Rio de Janeiro foram unânimes em exaltar a memória da juíza Patrícia Acioli.

Zaqueu Teixeira, da Assistência Social e Direitos Humanos, salientou que “quanto mais a sociedade estiver mobilizada para a não violação dos direitos humanos, mais teremos uma sociedade desenvolvida garantindo a dignidade da pessoa humana”. Encerrou sua fala parabenizando a Amaerj pela “iniciativa da valorização das práticas humanísticas”.

A subsecretária municipal da Educação, Helena Bomeny, ressaltou que “queremos formar muitas Patrícias nas escolas do Rio de Janeiro”. Para ela, “os alunos só conseguiram conhecer a Justiça pelo lado errado, mas agora eles têm o Judiciário como parceiro”.Bomeny, lembrou a parceria de quatro anos com a Amaerj com a iniciativa denominada Conhecendo o Judiciário.

O monsenhor Sérgio Costa Couto, da arquidiocese do Rio de Janeiro, foi claro em suas palavras durante a solenidade: “A igreja sempre passa a mensagem da pacificação da sociedade, mas que não seja uma inércia, que não seja uma renúncia de direitos”. Finalizou pedindo a Deus que “abençoe a todos aqueles que praticam o bem e cumprem a missão”.

O cunhado da juíza Patrícia Acioli, josé Augusto, destacou a iniciativa da Amaerj que, no seu entender, “é muito positiva e homenageia demais a memória de Patrícia”. Agradeceu em nome de todos os familiares da magistrada e finalizou com a saudade que todos sentem; “Para quem perde alguém querido a dor maior é imaginar que aquela pessoa poderia estar aqui, participando de tudo o que está acontecendo. Imaginamos a Patrícia com aquele senso de justiça extremo, uma pessoa que realmente se indignava profundamente em prol da Justiça”.